PRISIONEIRA
Minha
alma não se conforma com o corpo que habita.
Por
que não ocupou o corpo de um pássaro
pois
teria a amplidão do espaço
que
lhe daria maior liberdade?
Minha
alma, na verdade,
quer
do espaço, a amplitude,
mas
quer, mais ainda, do amor a plenitude
que
ainda não conseguiu encontrar
mas
que não cansa, jamais, de procurar!
Minha
alma, pobre coitada!
Vive
neste corpo acorrentada,
desejando
muito mais do que ele lhe pode dar.
E
mesmo assim não desiste de amar!
Investe
tudo o que possui de melhor
e
até mesmo o que não tem
na
esperança de encontrar o bem maior:
o
amor pleno, que parece que nunca vem!
Minha
alma é um pássaro preso
numa
gaiola que se desmantela
e
que, qualquer dia destes,
voa
feliz ...e foge dela!
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